segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Criação de um diálogo a partir de uma Step outline

Step outline - João diz a Marta que nunca gostou tanto de ninguém como gosta dela. Marta afirma sentir o mesmo.
Personagens pré-definidas:
João - 75 anos, ex-militar, nunca se apaixonou
Marta - 65 anos, já teve vários namoros


EXT. Jardim Público. DIA.

João e Marta estão sentados num banco a observar casais de namorados na relva. João pega na mão de Marta. Marta olha-o nos olhos.

JOÃO
Sabes que nunca me apaixonei verdadeiramente por ninguém antes de ti. Nunca conheci o amor doutra forma para além desta que sinto por ti.

Marta desvia o olhar para o relvado e encosta a cabeça no ombro de João.

MARTA
Sabes que também te amo muito.

Criar 2 personagens e seguir uma estrutura narrativa

Oscar, de 20 anos, habitante na Ilha do Picapau, trabalha na empresa do malvado Senhor Roberto, fabricante de pastilhas elásticas.
O Senhor Roberto tem um plano de eliminar a população da ilha, através de pastilhas elásticas explosivas. No entanto, possui um segredo: tem medo de água e não pode vê-la. A única pessoa que conhece o seu segredo é a mãe de Oscar, que trabalha na casa dele como empregada doméstica.
A namorada de Oscar, Susana, trabalha como secretária do S. Roberto e descobre um dia o seu plano das pastilhas explosivas e conta a Oscar.
Mas ela não sabe que ele tem um gorro que quando posto lhe confere super poderes, uma herança de família.
Sabendo que Susana tem conhecimento do seu plano, o Senhor Roberto rapta-a e Oscar vai em seu auxílio.
Após conseguir derrotar o S. Roberto, torturando-o através de uma garrafa de água, este diz-lhe que o seu plano para destruir a população da ilha já está em acção. Naquele preciso momento, um camião carregado de pastilhas explosivas dirige-se aos principais mercados da ilha para as comercializar.
Somente com a ajuda do seu super-gorro e da sua determinação será possível Oscar salvar a população da pacífica ilha do Picapau, voando atrás do camião e interceptando-o.


(Hugo e Catarina Simões)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Descrição de cena entre duas personagens criadas na aula

José e Joaquim estão sentados na plateia vazia do espaço do  show das araras, no intervalo entre os espectáculos. À sua direita, uma senhora das limpezas varre o lixo deixado nas bancadas pelos últimos espectadores. À sua frente Filipa, filha de José, tem Fanny pousada no seu antebraço enquanto as restantes araras se agitam na gaiola gigante.
O vento sopra com alguma força, o que complica a tarefa da senhora das limpezas e a faz soltar alguns praguejos em voz baixa.
Notando que tanto a filha do seu amigo como a senhora das limpezas estão distraídas com os seus afazeres, Joaquim desabafa em tom baixo com José acerca da sua mais recente preocupação: Fanny contraiu uma doença de pele que a debilita fisicamente e, para além disso, faz com que lhe caiam as penas com maior facilidade.
Filipa pergunta a Joaquim o que é que se passa com a Fanny, pois apercebe-se da falta de algumas penas junto às patas. Joaquim responde que está na época de mudança de penas, o que é perfeitamente natural.
José retoma a conversa com Joaquim, perguntando-lhe se nenhuma das outras araras consegue substituir Fanny no seu espectáculo. Joaquim faz uma pausa, observando Fanny no antebraço de Filipa. Joaquim explica-lhe que não, acrescentando que são raras as araras com as aptidões de Fanny, e que seria difícil criar uma nova arara e começar tudo do zero novamente.
Uma rajada de vento faz com que o balde no qual a senhora das limpezas colocava o lixo tombe, espalhando o lixo todo novamente no chão.

2 locais frequentados pela personagem

Táxi :
  • Mercedes Classe C
  • Táxi nº 903
  • Sem protecção a separar os bancos da frente dos de trás
  • Terço fluorescente pendurado no retrovisor
  • Licença de taxista por cima do manipulo das mudanças, no tablier, juntamente com o cartão de sócio do Benfica;
  • Bancos de cabedal rasca;
  • Cão havaiano que abana a cabeça na chapeleira;
  • Autocolantes arrancados na parte de trás dos bancos da frente;
  • Rádio intercomunicador com Walkie-Talkies;
  • Auto-rádio Blaupunkt sintonizado na Rádio Renascença;
  • Banco traseiro ligeiramente roto com esponja amarela a ver-se;
  • Protecção de cabedal preto para o volante;
  • Garrafa de água sem rótulo na porta do condutor;
  • Almofada ortopédica vermelha no banco do condutor.


CAFÉ:
  • Chama-se "O cantinho do pelicano"
  • Tem 20 metros quadrados;
  • Balcão em mármore com expositor em vidro com meia dúzia de salgados e ovos cozidos com sal (em cima) e bebidas em baixo (Joys e Caprisonne);
  • Bancos à frente do balcão (na parte de mármore) fixos e rotativos;
  • 3 portas (entrada, casa de banho, e cozinha);
  • 2 cartazes (Ana Sofia campeã acordeonista, Duo Ele e Ela);
  • Moldura e cachecol do Benfica campeão da década de 60;
  • Televisão num dos cantos;
  • 3 mesas à direita e uma ao fundo (tempo de madeira e pés de metal);
  • Espelho e prateleira com bebidas brancas atrás do balcão, azulejos brancos até à cintura e o resto em tinta de areia;
  • Portas para a casa-de-banho à faroeste de madeira envernizada escura;
  • Porta de entrada de madeira castanho-escura com cortinas de plástico anti-insectos com desenho de um pelicano e um pôr do sol de fundo;
  • Mata-mosquitos pendurado no centro da sala.

Hugo, David, Joana e Mafalda

Criação e caracterização de uma personagem

Caracterização externa:
  • José Pinheiro Nobre
  • Alfacinha
  • Taxista
  • Mora em Odivelas
  • 40 anos
  • 9º ano de escolaridade
  • Comunicador/afável
  • Divorciado
  • Tem uma filha com 7 anos chamada Filipa
  • Gosta de passear com a filha e levá-la ao zoo
  • Gosta de beber cerveja e ver o Benfica
  • Gosta de corridas de carros
Caracterização interna:
  • Mãe é cozinheira e o pai tem um restaurante
  • Quando era criança gostava de receber e brincar com carrinhos
  • Teve namoros ocasionais na terra dos pais (Abravezes)
  • Divorciou-se por passar muito tempo fora de casa e a mulher traiu-o

Hugo, David e Mafalda

"Ela sentiu que não pertencia a esta terra..."

Ela sentiu que não pertencia a esta terra apesar de todos os rostos conhecidos, os mesmos cheiros, as mesmas vozes de há vinte anos atrás. Da sua viagem trouxera algo mais do que meras recordações, trouxe consigo um novo ser, um ser que já não reconhecia como sua a própria terra natal. ...//

Momento da curta "Good day for a swim"

Naquele momento o homem nada vê.
Fecha os olhos com força, não querendo encarar o que a realidade lhe mostra. Tudo o que vê é escuro e, apesar de não se aperceber disso agora, deseja fortemente que quando voltar a abrir os olhos tudo não passe de um pesadelo.
A princípio sente a água gelada, mas às tantas todas aquelas mãos que sente a empurrarem-lhe a cabeça para dentro de água fazem-no deixar de sentir frio. Nem frio nem calor. Nada a não ser o seu instinto de sobrevivência à flôr da pele.
A sua audição é neste momento o sentido que mais o assusta. A sensação de turbulência de quem se agita dentro de água, como se uma tempestade se agitasse à volta da sua cabeça...//

Ouvir, ver e sentir (3)

Local: Roupeiro do quarto dos pais, portas abertas.
Oiço:
Carros através da porta da varanda aberta, oiço algo que parece ser o motor de um autocarro parado no mesmo sítio, oiço os cabides a tocar no suporte quando me mexo, o autocarro a arrancar, os vizinhos a baixarem ou a subir os estores. Um cão a ladrar, uma porta de carro a fechar lá fora, outros cães a ladrar.
Os sinos da igreja a darem as 18:00 horas, o motor de uma mota velha.

Vejo:
Bem à minha frente a cama dos meus pais, duas almofadas compridas. Continados a fazerem jogos de cor "vermelho-branco-branco-vermelho", vejo as horas no despertador em cima da mesa-de-cabeceira e através do espelho à frente da cama.
Debaixo desse espelho há uma cómoda antiga com várias gavetas compridas e em cima dela estão vários objectos como perfumes, loções, um secador de cabelo e estojos. No canto vejo o armário com a televisão em cima dele rodeada de livros e molduras com fotografias. O candeeiro brilha no tecto.

Sinto:
Sinto nas minhas costas a roupa pendurada nos cabides, o meu cotovelo esquerdo a tocar na porta do armário, sinto que estou sentado em cima de alguma roupa.
Frio nos pés por estarem descalços, vontade de espreguiçar, as argolas do caderno debaixo do meu polegar esquerdo. Dor no pescoço, nariz congestionado e vontade de espirrar. Os olhos a lacrimejar pela vontade de espirrar

Ouvir, ver e sentir (2)

Oiço:
Oiço passos a aproximar e afastar, a porta automática a abrir e a fechar esporadicamente.
Oiço conversas no bar, uma voz feminina que se sobrepõe as outras.
Oiço mais perto passos a descerem as escadas e um barulho electrónico que não consigo perceber donde vem.

Vejo:
Neste momento não consigo ver muito porque não tenho espaço para levantar a cabeça.
Vejo à minha esquerda, próximas, as escadas de metal e atrás delas o átrio da escola.
À minha frente os pés do banco debaixo do qual estou deitado reflectem a luz que vem do bar.
Do bar consigo apenas distinguir duas mesas com cadeiras laranjas e duas pessoas à minha frente que não consigo ver o rosto.

Sinto:
Estou com uma sensação de claustrofobia por estar num lugar que não me permite estar em pé.
Estou desconfortável por não poder estar de pernas esticadas devido aos pés do banco.
A bolsa que transporto à cintura está a fazer-me pressão na bexiga e faz-me sentir que daqui a pouco terei de ir à casa-de-banho.
Sinto as coxas frias por estarem em contacto com o chão, os cotovelos doridos por se estarem a apoiar no chão e uma dor na anca pela posição em que estou.

Ouvir, ver e sentir (1)

Oiço:
  • Música na televisão;
  • Passos nas escadas;
  • Passos no chão;
  • Rodas de uma cadeira de rodas a passar no tapete;
  • Fecho a tilintar;
  • Conversas;
  • Senhor a fungar;
  • Zumbido quase imperceptível;
  • Portas a abrir e a fechar.
Vejo:
  • Bolas de luzes nas paredes provocadas pelos candeeiros;
  • Tomada de electricidade;
  • Pessoas a passar;
  • Portas fechadas;
  • Escadas de metal;
  • Extintor e sinais de emergência;
  • Chão aos quadrados;
  • Suporte das escadas em forma de "X";
  • Suporte no tecto para umas persianas que não estão lá;
  • Porta debaixo das escadas;
Sinto:
  • Rabo e mãos frios;
  • Comichão no canto do olho direito;
  • A quina da parede a magoar-me as costas.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Criação de personagem através de uma imagem

- Edgar Paulsen;
- Nórdico;
- Professor de Antropologia;
- Solteiro;
- Soturno;
- Altamente perigoso;
- Tímido/introvertido;
- Inadaptado socialmente;
- Classe média/baixa;
- Ateu;
- Gosta de viajar sozinho para o campo.

(Hugo, David e Joana)

Ideia de história a partir da música

Pessoa que perde os sentidos da visão e audição a determinada altura da sua vida e durante esse período descobre formas às quais não sabe associar significado. Depois desse longo período recupera os sentidos e descobre o que eram aquelas formas e para que serviam.

Motivações pessoais

1) Que temas te atraem? Porquê?
Em temas de conversa ou mesmo na pesquisa que faço na Internet, procuro saber mais sobre teorias da conspiração porque podemos obter uma visão completamente diferente de determinado assunto e porque me levam a querer pesquisar sempre mais sobre o tema para saber qual dos lados se aproxima mais do que considero como sendo verdade.

2) Que tipos de histórias queres escrever? Românticas? Sobrenaturais? Violentas? Comédias?
Românticas/Drama ou Fantasia.

3) Que "tom/ambiente" te atrai? Familiar? Épico? Intimista?
Intimista - Gosto de explorar as intenções, consciência e emoções das personagens.

4) Como te moves de uma cena ou imagem para outra? Cronologicamente ou fora de sequência?
Gosto de começar com uma cena que seria a cena final e depois seguir com a história que precedeu essa cena.

5) Que padrões detectas nos teus trabalhos anteriores de escrita/criação?
Criação de personagens que não se adaptam à "sociedade" envolvente.

A minha mão esquerda

A minha mão esquerda é grande, não especialmente grande, somente igual à minha mão direita.
A minha mão esquerda nasce de um emaranhado de pulseiras, cada uma com o seu significado, mas esse significado nunca chega a ser maior do que a minha própria mão esquerda.
A minha mão esquerda é especial, pois tem a única cicatriz de todo o meu corpo, por isso talvez seja a mão que já carregou com a maior dor que o meu corpo já suportou.
A minha mão esquerda tem, tal com...//